Porque e Quando pedir ajuda
As pessoas empreendem por diversos motivos: deixando a vida corporativa por diversas razões como, aposentadoria, desemprego, por estar cansado da vida atrás da mesa, etc., ou também por entenderem que possuem um produto e/ou serviço inovador, que pode lhe render um bom retorno financeiro.
Muitas dessas vezes, o negócio começa sem muito planejamento, com o próprio empreendedor executando todas as funções da empresa: comercial, administrativo/financeiro, marketing e compras.
À medida que a empresa cresce, percebe-se que já não consegue realizar todas as tarefas em carreira solo e que é necessária ajuda.
Começa a contratar funcionários para suprir as funções mais operacionais, mas mantém sob seu domínio o gerenciamento financeiro e comercial.
Os volumes aumentam e a carga de trabalho também. Até agora a empresa está lucrativa (será?), com dinheiro em caixa e as perspectivas de crescimento são excelentes. A economia do país está em crescimento e o mercado absorve todos os seus produtos e serviços.
Para crescer, é necessário investimento. Como há dinheiro em caixa, fazem-se todos os movimentos para aumentar o faturamento. Muda-se a empresa para uma área maior, contratam-se mais funcionários para atender a demanda, investe-se mais em propaganda e marketing, etc.
Com isso os custos aumentam, os estoques ficam maiores, o endividamento com fornecedores cresce e as margens que, supostamente eram saudáveis, começam a diminuir. Esse crescimento ocorre de forma desorganizada, sem processos e procedimento bem definidos, sem metas definidas e controles para apurar os resultados reais da operação.
Neste momento podem surgir os primeiros problemas de caixa. Com o aumento da base de clientes, o risco da inadimplência também aumenta. Muitas vezes o empresário não faz uma boa análise de crédito, pois seu objetivo é vender mais para poder justificar o aumento do estoque e o seu capital parado.
Diante desse cenário, a primeira medida que geralmente o empreendedor toma para controlar essa situação é buscar linhas de crédito junto às instituições financeiras. Como até o momento a empresa está saudável, não é difícil conseguir essa injeção de caixa para manter a roda girando.
Com o passar do tempo, se nada for feito para reduzir os custos e despesas da empresa, é bem provável que será necessária nova injeção de recursos para trazer novamente a liquidez para a empresa.
Esse ciclo só tem fim, se o empreendedor tomar as medidas necessárias para sanear a sua empresa e colocá-la de no trilho, ou, em casos mais drásticos, ocorrer a insolvência da empresa, com endividamento bancário elevado, impostos não recolhidos, inadimplência junto a fornecedores, etc.
Tudo isso pode acontecer em longo prazo, mas ainda há uma variável imponderável que pode afetar drasticamente a empresa e encurtar a chegada de todos esses problemas.
Estamos falando de uma crise econômica, que traz com ela invariavelmente um aumento da inadimplência, aumento das taxas de desemprego com consequente redução do consumo.
O resultado desses eventos todos pode ser o fechamento da empresa e a frustração do empresário, que teve o seu sonho, descrito no início deste texto encerrado de forma drástica e dolorosa.
Quem nunca conheceu um empresário que passou por este problema ou até mesmo você, não sentiu na pele?
Será que existe uma maneira de resolver esse problema ou até mesmo evitá-lo? Sim existe.
Para retomar o controle do negócio e buscar a recuperação das margens, o empreendedor deve contratar profissionais e/ou empresas de consultoria com expertises nas áreas onde ele não possui tais conhecimentos.
Com esta atitude, o empresário não estará abrindo mão do seu negócio, que dedicou tanto tempo e esforço para montá-lo, mas sim estará se certificando que a empresa será reestruturada para retomar o seu rumo de crescimento.
Essa decisão é difícil, e desapego faz-se necessário. O quanto antes o empreendedor tiver consciência disso, mais fácil será a resolução dos problemas. Às vezes, leva-se tanto tempo para reconhecer que é necessária ajuda, que qualquer tentativa de recuperação não terá efeito, pois a empresa realmente já morreu.
Fernando Ferreira é um profissional com mais de 20 anos de experiência nas áreas Administrativas e Financeira, é graduado em Administração de Empresas, com Pós em Administração Industrial e MBA em Finanças Corporativas. Desenvolveu sua carreira em empresas nacionais e multinacionais e de diversos setores da economia, como indústrias, seguradoras, empresas de telecom e serviço, entre elas Avon Cosméticos, SIN Sistemas de Implantes, NOAH Gastronomia e Vésper Telecomunicações. Desde 2011, é sócio e CEO da FMF Consulting e atende empresas nas áreas de Gestão Financeira e Controladoria, com foco na administração dos Recursos Financeiros, elaboração e acompanhamento de orçamento empresarial, elaboração de Mapeamento e Melhoria de Processos e grande experiência em início de operações e negócios, terceirização, fechamento e abertura de unidades. Atua na implantação e também como membro de Conselho Consultivo em empresas, conforme as regras do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa.
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